Na Veja, Bolsonaro bate em Lula, elogia Queiroz e diz que vai privatizar o Correios

Em entrevista à revista Veja, Bolsonaro criticou Lula, anunciou a venda dos Correios e fez a defesa Flávio e do ex-assessor Fabrício Queiroz.

01/06/2019 | Madson Vagner | Brasil

O presidente Jair Bolsonaro é o entrevistado da revista Veja desta semana. Na conversa, o presidente criticou o ex-presidente Lula, anunciou a venda dos Correios, fez a defesa do filho e senador Flávio Bolsonaro e elogiou Fabrício Queiroz. Bolsonaro destacou ainda a pressão que está sofrendo à frente da Presidência.

“A pressão aqui é muito grande, tem interesses dos mais variados possíveis, tem aquela palavra mágica que a imprensa fala muito, governabilidade. Me acusam muitas vezes de não ter governabilidade. Eu pergunto: o que é governabilidade?” destacou Bolsonaro. “Nós mudamos o jeito de conduzir os destinos do Brasil. Hoje, cinco meses depois, eu sinto que a maioria dos parlamentares entendeu o que está acontecendo,” analisou.

Sobre a reforma da Previdência, Bolsonaro disse que “na Câmara, muitas vezes você tem uma informação de orelhada. Por isso, eu sempre fui contra a reforma da Previdência. O que faz a gente mudar? A realidade. O Brasil será ingovernável daqui a um, dois, três anos,” previu.

Bolsonaro anunciou ainda a venda dos Correios. “Já dei sinal verde para privatizar os Correios. A orientação é que a gente explique por que é necessário privatizar. No caso dos Correios, o PT destruiu a empresa,” disse.

A bandalheira era tão grande que o fundo de pensão dos funcionários, que hoje está quebrado, fez investimentos em papéis da Venezuela. Com que interesse? Pelo amor de Deus! Então, temos de mostrar à opinião pública que não tem outro caminho a não ser privatizar os Correios”, afirma.

Com relação a Lula, Bolsonaro avaliou que “ele saiu de uma situação de líder para a de um cara preso, condenado por corrupção. Apesar disso, não tenho nenhuma compaixão em relação a ele. Ele estava trabalhando para roubar também a nossa liberdade”, afirmou.

Na entrevista, Bolsonaro também defendeu seu filho Flávio Bolsonaro e seu amigo Fabrício Queiroz. “Se alguém mexe com um filho teu, não interessa se ele está certo ou está errado, você se preocupa… Pô, o cara era deputado, a esposa dele é dentista, tem uma renda, e a Caixa queria comprar a dívida dele. Consequentemente, ele assume a dívida não mais com a construtora, mas com a Caixa… Assim foi feito. Ponto-final”, disse.

Sobre Queiroz, mais elogios. “Eu conheço o Queiroz desde 1984. Foi meu soldado, recruta, paraquedista na Brigada de Infantaria Paraquedista… Aí começou a trabalhar conosco. E você sabe que lá no Rio você precisa de segurança. Eu mesmo já usei o Queiroz várias vezes,” disse.

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