Recesso da Justiça favorece infratores. No Cariri dois prefeitos respiram aliviados

O recesso da Justiça, que teve início no dia 20 de dezembro, sem o julgamento sobre as muitos pedidos de afastamentos de prefeitos e outros gestores das prefeituras do Ceará, deve funcionar para aliviar a pressão sobre os prefeitos e outros gestores infratores. A esperança dos denunciantes, na sua maioria pertencentes as oposições nos municípios, […]

25/12/2018 | Madson Vagner | Opinião

O recesso da Justiça, que teve início no dia 20 de dezembro, sem o julgamento sobre as muitos pedidos de afastamentos de prefeitos e outros gestores das prefeituras do Ceará, deve funcionar para aliviar a pressão sobre os prefeitos e outros gestores infratores.

A esperança dos denunciantes, na sua maioria pertencentes as oposições nos municípios, é que alguns pedidos sejam incluídos na pauta dos juízes plantonistas. Crimes como peculato, formação de quadrilha, desvio de dinheiro, superfaturamento, nepotismo, entre outros, são alguns dos que devem continuar sendo cometidos no decorrer dos próximos meses, que compreendem o recesso.

Para os mais críticos a lentidão da justiça motiva os cometimentos de crimes nas gestões públicas. Hoje no Ceará, pelo menos, 11 prefeitos esperam por decisões da justiça sobre sua permanência ou não no Poder.

Na região do Cariri, pelo menos, dois gestores comemoram o recesso da justiça. Eles enfrentam pedidos de afastamento por crimes contra administração pública. O fator comum entre os dois gestores: eles afirmam não temer decisões investigações.

Um desses investigados por corrupção, o prefeito de Tarrafas, Tertuliano Cândido, o Taiano, é acusado de entregar a gestão ao pai, o ex-prefeito Terto. O Ministério Público do Estado investiga um esquema montado pelo ex-prefeito que emprega toda a família na gestão para colaborarem com um milionário desvio de dinheiro público.

O outro caso, em Assaré, o prefeito Evanderto Almeida, foi na mesma direção de Taiano. Empregou a família na Prefeitura e agora enfrenta pedido de afastamento por improbidade administrava. Nos dois casos foram pedido bloqueio de bens e emissão de multa. Tudo na espera pela justiça.

 

Madson Vagner é jornalista, escritor e o editor deste blog.

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