Racha no PDT causa baixa de seis prefeitos no Cariri

Seis dos oito prefeitos do partido anunciaram desfiliação para seguir a base aliada do governo Elmano de Freitas, ministro Camilo Santana e senador Cid Gomes.

21/11/2023 | Madson Vagner | Cariri

O rompimento definitivo do senador Cid Gomes com a cúpula do PDT no Ceará, anunciado durante reunião em Fortaleza na terça-feira (14), teve reflexos diretos na configuração do partido no Cariri. Dos oito prefeitos, ainda filiados, quatro decidiram seguir Cid Gomes para uma nova sigla. Entre os deputados estaduais, o caririense Guilherme Landim, líder do partido na Assembleia Legislativa, também deixa a sigla na próxima janela partidária.

Entre os prefeitos deixam o partido Gislaine Landim (Brejo Santo), Dr. Lorim (Missão Velha), Edmilson Leite (Caririaçu) e Cícero de Deus (Araripe). Libório Leite, prefeito de Assaré, disse estar disposto a deixar o PDT, mas antes quer discutir as alternativas para a nova filiação. Libório garante a permanência na base aliada do governo Elmano de Freitas (PT), mas quer conversar com o próprio senador Cid Gomes e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT).

Entre os oito prefeitos do PDT caririense, apenas Deda Pereira (Farias Brito), não se manifestou. Segundo a assessoria de comunicação, Deda deve seguir a base aliada, mas não precisou se seguirá Cid Gomes. Os prefeitos de Antonina do Norte, Antônio Filho, e de Baixio, Zé Humberto, confirmam na reunião do dia 14, suas permanências no partido.

No computo geral, o partido perde seis dos oito prefeitos de forma imediata. Mas, as baixas no PDT vêm desde a conclusão da eleição de 2020. No período de dois anos e seis meses, o partido perdeu o prefeito Guilherme Saraiva (Barbalha), que continua sem partido; além de João Luís (Campos Sales), Cícero Figueiredo (Milagres) e Taiano Martins (Tarrafas), hoje filiados ao PT.

No Ceará, as baixas podem chegar a 71 nomes. Além dos 43 prefeitos que prometem deixar a legenda, existem 10 deputados estaduais, 4 federais e dois vereadores de Fortaleza que solicitaram cartas de anuência para desfiliação. No estado, 10 prefeitos já haviam deixado o partido em busca de novas siglas. A maioria ingressou em partidos da base do governo, como o PT.

O deputado Guilherme Landim, disse que, enquanto líder, fez tudo que podia para manter a sigla unida. O deputado cobrou coerência do diretório ao avaliar que, “quando a decisão foi para Roberto Cláudio valia e, agora, com Cid não vale”. Guilherme disse, ainda, que a prioridade agora é para a saída dos prefeitos, que temem por intervenções nos diretórios para inviabilizar eleitoralmente os apoiadores de Cid.

Sobre os deputados estaduais e federais, Guilherme disse que o grupo avalia esperar a janela partidária ou recorrer à Justiça. O grupo não descarta submeter as cartas de anuência a Justiça. Uma comissão formada por prefeitos e deputados foi montada para avaliar as possibilidades e decidir sobre a nova sigla que o grupo deve se filiar. Sem data definida, a primeira reunião do grupo deve acontecer ainda esta semana.

(Jornal do Cariri).

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