A sessão da Câmara de Caririaçu, do dia 4, revelou um desconforto na base governista do Município. O presidente da Casa, Marcos Araújo (PDT), fez severas críticas ao funcionamento da Policlínica de Barbalha, gerida pelo Consórcio Público de Saúde do Cariri. Marcos Araújo apontou falhas no atendimento, transporte e a paralisação de equipamentos como tomógrafo. Ele garante que há prejuízos para a população.
Sobre as críticas, Marcos foi desmentido pela direção da Policlínica, que apontou 3.965 pacientes transporta dos e mais de 6.500 atendimentos de consultas, exames e ações multiprofissionais, entre janeiro e novembro. O tomógrafo, que estava em manutenção, já voltou a funcionar. A direção da Policlínica qualificou a fala como “infeliz comentário”.
O presidente da Câmara pediu que tudo fosse enviado, por ofício, ao Ministério Público do Ceará, Procuradoria Geral e a Controladoria Geral do Estado. A direção da Policlínica garante que vai fazer mesmo, além de avaliar ingressar com ação judicial contra o Marcos Araújo. Foi uma declaração de guerra.
Motivação para o ataque
Durante seu pronunciamento, o presidente Marcos Araújo, subiu ainda mais o tom, saindo das críticas para a denúncia. Para ele, há um aparelhamento político da Policlínica, ao afirmar que o órgão é um “cabide de empregos eleitoral no Cariri”. E foi mais longe, ao afirmar que estão “surrupiando o dinheiro”. Detalhe: não apresentou provas.
A fala de Marcos já foi enviada ao Ministério Público e, se não provar, poderá sofrer processo por quebra de decorro. Mas, nos bastidores, a fala tem outro entendimento. Marcos teria mirado no prefeito Edmilson Leite e acertado no governo estadual. Eleito vice-prefeito na chapa de Acácio Leite (PT), Marcos teria pedido a Secretaria de Saúde, que foi negada. Esse seria o motivo da insatisfação.
