Familiares de vítima do acidente causado pelo filho do prefeito de Aurora pedem justiça

Testemunhas afirmam que o jovem Marcone Filho aparentava sinais de embriagues no momento da colisão. Os familiares da vítima pedem justiça.

09/05/2025 | Madson Vagner | Cariri

Ainda sob o efeito do luto, os familiares do aposentado Francisco Carneiro de Araújo (Chico de Matias), 74 anos, usaram as redes sociais para pedir justiça. Chico de Matias foi atropelado e morto por Marcone Filho, 18 anos, filho do prefeito de Aurora, Marcone Tavares (PT), no domingo, 04, enquanto fazia caminhada na rodovia próximo a sua casa.

Agravante contra o prefeito Marcone é o fato do carro usado pelo autor do acidente, um Corolla Cross, estar alugado ao seu gabinete e sendo usado pelo filho, que teria passado a noite na Vaquejada do Distrito de Ingazeiras. Testemunhas afirmam que o jovem Marcone Filho aparentava sinais de embriagues no momento da colisão.

Em nota enviada a esse blog, os familiares da vítima destacam a brutalidade do atropelamento, causado por um condutor “em alta velocidade e sob forte influência de álcool”. Nas redes sociais, a neta, identificada como Mirlei, avalia o caso como assassinato. “Mataram ele (Chico de Matias), acabaram com a vida dele. Um crime que não poderia acontecer de maneira alguma,” disse.

Os familiares denunciam tentativa de adulteração da cena do acidente. Pessoas ligadas ao prefeito Marcone, como secretários municipais, retiraram embalagens de bebidas alcóolicas do carro, levaram o autor do atropelamento para livrar flagrante, além de tentar rebocar o veículo sem que a perícia fosse feita. A Policia chegou ao local horas depois do acontecido.

Em nota oficial, a defesa de Marcone Filho afirmou que o jovem também foi vítima do acidente e negou qualquer consumo de bebida alcoólica. O filho do prefeito se apresentou à delegacia de Juazeiro do Norte, onde prestou depoimento e, em seguida, foi liberado. Nas redes sociais, o prefeito Marcone disse: “quanto ao meu filho, ele está ciente de que responderá por seus atos e se encontra à disposição e em colaboração com a Justiça”.

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