A pedido do senador eleito Flávio Bolsonaro, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, concedeu liminar suspendendo as investigações sobre as movimentações atípicas na conta pessoal do ex-assessor Fabrício Queiroz. A investigação se baseia na revelação do Coaf sobre uma movimentação superior a R$ 1,2 milhões em apenas 13 meses.
Apesar de não ser investigado, por enquanto, para a pedir a suspensão Flávio Bolsonaro alegou ter foro privilegiado. O mesmo argumento usado pelo senador eleito para não comparecer a depoimentos marcados no Ministério Público do Rio de Janeiro. Fabrício Queiroz, também, não compareceu aos depoimentos alegando problemas de saúde.
A reação da oposição foi imediata e promete remeter pedido de afastamento do ministro que teria concedido a decisão “fora da lei”. Sobre o pedido do filho do presidente, a oposição avalia como uma confissão de culpa. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, usou seu twitter para mandar o presidente Bolsonaro tomar vergonha e explicar seu envolvimento com o caso e porque mudou de posição com relação ao foro privilegiado.
A repercussão acabou motivando uma declaração do, também, ministro do STF Marco Aurélio Melo, relator do caso no Tribunal. Marco Aurélio disse que assinara decisão do caso Queiroz em 1º de fevereiro e disse que “processo não tem capa, tem conteúdo”. Disse ainda que reclamações como a senador Flávio Bolsonaro, tem remetido seguidamente ao “lixo”.