Mergulhado nas decisões administrativas do governo federal, mesmo antes de assumir, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) teve na noite dessa quarta-feira, 07, sua primeira derrota no Congresso. Após declarar que não era o momento de aumentar salários, referindo-se a proposta de aumento dos salários dos ministros do Superior Tribunal Federal (STF) e procurador-geral da República, o Senado aprovou o projeto com ampla maioria.
Foram 41 votos favoráveis, 16 contrários e 1 abstenção, na votação que reajustou em 16,38% os salários dos ministros. Com o aumento, os salários passam de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. Com o chamado “efeito-cascata”, o impacto nas contas públicas deve chegar a R$ 6 bilhões ao ano.
Mais derrota a vista
A tentativa de antecipar algumas decisões, ainda, para o governo Michel Temer, tem causado mal-estar no Congresso. Depois de fazer pressão para que o Congresso vote a reforma da Previdência, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, foi rebatido pelo senador cearense Tasso Jereissati (PSDB).
Tasso disse que “o Congresso é soberano, independente, e não tem prensa por aqui”. O senador disse ainda que o PSDB deve ficar independente em relação ao governo Bolsonaro para não cometer o mesmo erro de 2016, quando entrou no governo de Temer.