Anvisa rejeita uso da Sputnik V no Brasil; Camilo acusou politização

As gerências técnicas de medicamentos, fiscalização e monitoramento, deram pareceres contra a importação. Camilo disse continuar lutando pela autorização.

27/04/2021 | Madson Vagner | Brasil

Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitaram, por unanimidade, a importação e o uso da vacina Sputnik V no Brasil. O imunizante é produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Os diretores se reuniram, nessa segunda-feira, 26, de forma extraordinária, para avaliar os pedidos de nove estados para a aquisição da vacina.

As gerências técnicas de medicamentos, fiscalização e monitoramento, deram pareceres contra a importação. A Anvisa relatou que não ter acesso a relatório técnico que comprove qualidade e não conseguiu localizar o relatório com autoridades de países onde a vacina é aplicada.

O órgão apontou ainda diversas falhas de segurança associadas ao desenvolvimento do imunizante. Na mais grave, o adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus não deveria se replicar, mas ele é capaz de se reproduzir e pode causar doenças.

Além disso, a gerência de Inspeção e Fiscalização relatou que técnicos da Anvisa não puderam visitar todos os locais de fabricação da vacina durante inspeção na Rússia; dos sete pontos previstos, técnicos conseguiram visitar apenas três locais.

O governador Camilo Santana usou as redes sociais para se posicionar sobre a decisão da Anvisa que não autorizou a importação da vacina Sputnik V para ser usada no Ceará.

“Continuarei lutando por essa autorização, de forma segura e seguindo todas as regras, para podermos trazer a vacina para nossa população o mais rápido possível, principalmente diante da lentidão do Governo Federal no repasse de vacinas aos estados. O que não aceitarei jamais é que haja qualquer tipo de politização desse processo. Isso é absolutamente inaceitável”, disse Camilo.

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