Por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a Polícia Federal (PF) conduziu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sede da corporação, em Brasília, onde ficará em prisão preventiva. A prisão, que aconteceu na manhã deste sábado, 22, é sem prazo definido e foi motivada pela indicação de risco elevado de fuga do ex-presidente.
A decisão de Moraes apontou, entre outras motivações, violação da tornozeleira eletrônica, convocação de vigília e aglomeração de apoiadores, presença de deputados aliados viajando para o exterior, proximidade de sua casa com embaixadas e um possível plano de fuga para a Argentina.
Bolsonaro foi preso por volta das 6 horas e teria reagido com tranquilidade. O comboio que transportava o ex-presidente chegou à sede da PF às 6h35. Após os trâmites iniciais, Bolsonaro foi levado para a Superintendência da PF no Distrito Federal, onde ficará em uma “Sala de Estado”.
O ex-presidente estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, também por decisão de Alexandre de Moraes, por descumprimento de medidas cautelares. Na época, Bolsonaro usou redes sociais de aliados para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”, disse a decisão.


