Câmara aprova CPI para investigar prejuízo de R$ 60 milhões na PreviCrato

O requerimento de autoria do vereador Luís Carlos (PT), pede a apuração da aplicação financeira feita entre 2013 e 2016, que resultou no prejuízo de R$ 60 milhões.

13/10/2025 | Madson Vagner | Cariri

A Câmara Municipal do Crato aprovou na terça-feira (6), a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um déficit de R$ 60 milhões no caixa do Fundo de Previdência do Município do Crato (PreviCrato). O requerimento de autoria do vereador Luís Carlos (PT), pede a apuração da aplicação financeira feita entre 2013 e 2016, que resultou no prejuízo.

Autor do requerimento, o vereador Luís Carlos (PT), disse ter tomado conhecimento do problema em julho. Segundo explicou, o investimento foi feito em cascata, distribuído por vários fundos até convergir para o “Fundo do Cais de Mauá”, que decretou falência um mês depois da aplicação. Luís Carlos isentou o ex-prefeito Ronaldo Matos, gestor da época, dizendo que a responsabilidade deveria ser cobrada ao ex-presidente da PreviCrato, Antônio de Pádua.

Segundo o presidente da Câmara, Matheus Leite (PDT), especificamente, no final de 2016, foram feitos investimentos de R$ 30 milhões em um fundo que decretou falência. “Queremos entender quem trouxe esse fundo para cá; quem mandou investir; quem apresentou. Porque é muito estranho,” questionou. Calculado pelos juros de correção da Justiça (INPC + 1% ano), o valor estaria em R$ 60 milhões.

O vereador Wilson do Rosto (PSB) levantou suspeita de conivência da direção do Sindicato dos Servidores Municipais do Crato (SindsmCrato), da época. Para ele, “o sindicato foi omisso”, explicando que a entidade tinha todas as informações e não tomou uma atitude. A informação foi confirmada por Luís Carlos que disse ter ouvido defesas públicas da diretoria do sindicato à época.

A Comissão terá três membros e, segundo Matheus, espera orientação da Procuradoria da Câmara, que apontará a sequência legal dos prazos com base no Regimento Interno e Lei Orgânica. A ideia da comissão é colher documentos, ouvir a direção e funcionários da época, a fim de apurar responsabilidades. Atualmente, a PreviCrato conta com R$ 146 milhões aplicados e conta com 927 segurados, entre aposentados e pensionistas.

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