
O temor de uma devassa nos cofres de Antonina do Norte levou o Ministério Público do Estado a recomendar ao prefeito em exercício, Orlando Rufino (PSD), e o prefeito eleito, Antônio Filho (PDT), que adotem providências para a formação da comissão de transição da gestão.
No ofício, emitido e publicado em 26 de novembro, a promotoria deu 10 dias para a formação, sob pena de responsabilização dos lados envolvidos. O MP teme a descontinuidade de serviços essenciais como educação, saúde, distribuição de medicamentos, limpeza pública e entre outros que possam afetar a população mais carente.
O documento observa, ainda, que a ausência de prestação de contas do atual prefeito acarretará consequências penais, como improbidade administrativa. O recado tem motivação no esvaziamento nos cofres de Antonina, já denunciados nos bastidores da política local.
Ação preventiva
A recomendação do Ministério Público tem o objetivo de evitar, além do esvaziamento dos cofres, o desmonte da máquina pública, que acarrete a decretação calamidade pública como em anos anteriores. Em Antonina há denúncias de pagamentos irregulares, com nota suspeita, previsão de atrasos em salários e 13º salário, além de um grande volume de restos a pagar que poderia ficar sob a responsabilidade do próximo gestor.
Tudo isso já é do conhecimento do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que agenda uma visita ao Município ainda esta semana. Quer saber tudo sobre pagamentos e receitas. A gestão do prefeito interino Orlando Rufino terá dificuldade de explicar o que está sendo feito. Orlando estaria assinando papéis e fazendo pagamentos sem consciência da irregularidade. Terá que responder assim mesmo.