A vontade da maioria dos vereadores de Granjeiro, liderados pelo presidente Luiz Marcio, o Marcim, de cassar o prefeito Ticiano Tomé, parece um típico caso de “ir com muita sede ao pote”. Acabaram barrados pelo juiz Judson Pereira Spindola Júnior, de Caririaçu. Segundo o juiz, o Legislativo não permitiu o acesso do prefeito aos documentos da Comissão Processante.
Para piorar, o prefeito teria sido comunicado oficialmente da sessão para cassá-lo, somente no dia 20, dia da realização. A tese foi sustentada pelo advogado Luciano Daniel, que destaca outras falhas no processo como ausência do direito de ampla defesa.
Marcim garante que o tramite seguiu as etapas regimentais, inclusive, notificação do prefeito para defesa. Os lados devem apresentar provas perante a justiça; e uma coisa é certa: alguém está mentindo. A justiça pediu cinco dias para descobrir.
Comemoração fora de hora
Apesar da vitória momentânea, o prefeito Ticiano Tomé, vê sua situação ficar pior a cada dia. Além de não ter construído maioria na Câmara, o que ainda pode levar a sua cassação, o prefeito terá que explicar uma carreata feita com veículos da Prefeitura depois do resultado da justiça que suspendeu a sessão de cassação.
Há denúncias que a comemoração teve de ambulância a retroescavadeira. A polícia foi acionada, mas chegou tarde. Secretários, servidores e simpatizantes, já haviam se dispersado. A oposição garante que fotografou tudo e vai oficializar denúncia no Ministério Público do Estado. Querem questionar o uso ilegal do bem público para interesse pessoal.
De uma forma ou de outra, é melhor o presidente Marcim se apressar ou não sobrará tempo para ele governar. A eleição municipal está mantida para este ano.