Ex-prefeitos de Farias Brito e Mauriti desmentem informação; seria fake ou furo?

As revelações feitas por este blog de que a oposição de Farias Brito e a situação de Mauriti estariam rachadas, desencadeou a fúria dos ex-prefeitos Marcos Moreira e Márcio Martins.

19/08/2020 | Madson Vagner | Cariri

Depois da invenção da “fake news”, ficou comprometido o “furo”; aquele que faz o sentido do jornalismo investigativo e que diferencia os bons profissionais dos “pseudo” comunicadores, escravos do “control C + control V”. Nessa era fake, o furo tem sido relegado e os políticos não erram mais e nem precisam explicar suas atitudes que não poderiam vir à tona.

As revelações feitas por este blog de que a oposição de Farias Brito e a situação de Mauriti estariam rachadas, desencadeou a fúria dos ex-prefeitos Marcos Moreira e Márcio Martins, respectivamente. Marcos garante que continua na base do oposicionista de Deda Pereira e Márcio assegura que vai estar no palanque do prefeito Mano Morais. Fora disso, tudo seria mentira.

Como me referi a informações de bastidores, fica o dito pelo não dito. E apesar da deselegância dos ex-prefeitos, respeito suas posições, mas reafirmo as minhas. Conheço bem minhas fontes!

Amnésia aguda

O ex-prefeito de Mauriti, Márcio Martins, disse a um perfil de Facebook (que nada tem a ver com jornalismo) que, além da informação ser mentirosa, não conhecia o jornalista Madson Vagner. Além de deselegante, o ex-prefeito parece sofrer de amnésia, o que, torna compreensível a mudança de posição.

Mas, é valido lembrar que Márcio Martins processou Madson Vagner na eleição de 2016, pelo anúncio da desistência do, então, candidato a prefeito conhecido como Maninho. A desistência estava ligada a problemas de saúde. A revelação desestruturou os planos de Márcio, que partiu para uma tentativa de intimidação através de um processo judicial.

A informação, que na verdade era um furo, foi confirmada e o processo arquivado. Maninho veio a falecer em dezembro daquele ano e o detalhe: o vice era indicado por Márcio. Explicada a grande revolta.

Fim da liderança

Em Farias Brito, o médico Marcos Moreira teve sua carreira política resumida a um mandato de prefeito no início da década de 90, depois de romper com o prefeito que lhe nomeou secretário de Saúde. Na sua primeira tentativa, no fim da década de 1980, foi derrotado ao concorrer como candidato a vice. Foi eleito em 1992 – mandato concluído em 1996 – e jamais retornou ao poder.

Marcos Moreira perdeu três vezes como candidato, incluindo a primeira de vice, e outras três como apoiador; uma coleção de muitas derrotas. Neste ano, Marcos Moreira vai integrar a base do pré-candidato Deda Pereira sem ter, sequer, a possibilidade de indicar o candidato a vice na chapa. Muito pouco para quem se considera a principal liderança da oposição. Voltar atrás na discordância à indicação de Marilene Dias para vice, marca o fim da sua liderança política. Hoje é um simples adesista.

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