A abertura Exposição Centro Nordestina de Animais e Produtos Derivados (Expocrato), no domingo (14), seguiu o ‘script’ do atual momento da política brasileiro. A tensão com a discussão da reforma da Previdência e a aproximação da eleição municipal, motivaram manifestações de aplausos e vaias às autoridades no palanque do Parque Pedro Felício Cavalcanti.
A ausência do governador Camilo Santana (PT), também, foi considerado um complicador para o evento. Foram percebidas muitas ausências políticas. Desde que assumiu o mandato de governador do Estado, foi a primeira vez que Camilo não compareceu à cerimônia de abertura.
O governador está de férias com a família nos Estados Unidos, desde o dia 10, e foi representado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Sarto (PDT), governador em exercício. O Legislativo foi representado pelo seu vice-presidente, deputado Fernando Santana (PT), presidente interino. Ao lado do prefeito do Crato, Zé Ailton Brasil (PP), os dois foram aplaudidos ao destacarem ações desenvolvidos pelo Governo do Estado.
O governador interino ressaltou o prazer em assumir o cargo no momento da realização da Expocrato. “É um grande prazer me encontrar nessa missão de representar o governador, num evento que tem proporcionado qualidade de vida e desenvolvimento para o município do Crato,” disse.
O presidente em exercício da Assembleia, Fernando Santana, destacou o bom trabalho desenvolvido pelo prefeito Zé Ailton e a coragem do governador Camilo Santana, em acreditar no projeto de fazer da Expocrato uma das maiores do Brasil.
“Estamos comemorando o segundo ano da revolução da grande feira agropecuária do Crato com o novo Parque de Exposição. Tudo fruto do empenho do prefeito Zé Ailton e do governador Camilo,” disse Fernando, destacando os R$ 7 milhões investidos na infraestrutura do Crato apenas nas vésperas da Expocrato.
Tensão na abertura
O momento mais crítico da abertura da Expocrato, ficou por conta das vaias ao deputado federal Pedro Bezerra (PTB). O deputado foi vaiado desde que seu nome foi chamado para compor o palanque como autoridade, até o momento da sua fala.
A manifestação estaria relacionada ao posicionamento de Pedro favorável sobre a reforma da previdência. A situação constrangedora foi agravada pelos discursos autoridades políticas contrárias a reforma.
Em entrevistas recentes, Pedro Bezerra tem repetido que a reforma foi da Câmara. “Uma reforma mais humana e com mais possibilidades de transição que antes não havia”, observou, destacando que o maior incentivo para o voto foi os quase 14 milhões de desempregados.
