O temor do presidente Jair Bolsonaro sofrer um impeachment o fez jogar, na lata do lixo, seu discurso de combate à velha política. Se aproximou do Centrão e passou a fazer o mesmo que os governos de Lula e Dilma fizeram: entregar cargos aos políticos, em troca de apoio no Congresso Nacional. Se houver corrupção, será um detalhe a ser visto mais na frente.
Desse modo, os dois mais importantes cargos federais no Ceará foram dados ao PP e ao PL: o Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) está, agora, sob o comando do PP, que cedeu ao Avante, via o líder pepista na Câmara, deputado Artur Lira.
E, nesta segunda-feira, 1º de junho, a presidência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) foi trocada. Saiu Romildo Rolim, entra Alexandre Cabral, sob as bênçãos do PL, do presidente Valdemar Costa Neto e do PTB, de Roberto Jefferson.
(Coluna Rebate, Jornal do Cariri).