Repercutiu negativamente um memorando da Secretaria de Educação de Rondônia, autorizando o recolhimento de 43 livros das escolas públicas do Estado. Segundo o documento, os livros seriam recolhidos por serem classificados como “conteúdos inadequados” a crianças e adolescentes. O documento vazou nas redes sociais nessa quinta-feira, 06.
A lista, avaliada como censura atinge obras de autores como Machado de Assis, Caio Fernando Abreu, Carlos Heitor Cony, Euclides da Cunha, Ferreira Gullar, Nelson Rodrigues, Mário de Andrade e Rubem Fonseca. Nem clássicos da literatura universal como “O Castelo”, de Franz Kafka, e “Contos de Terror, de Mistério e de Morte”, de Edgard Alan Poe, escaparam da censura.
Em primeira versão, o secretário de Educação, Suamy Vivecanda, assegurou que a lista e o memorando eram falsos. Após ser confrontado pelo jornal Folha de S.Paulo, com imagens do documento dentro do sistema da pasta, o secretário afirmou que não acompanhou os trabalhos da Secretaria durante a semana e que as obras não seriam recolhidas.
O governador coronel Marcos Rocha (PSL), negou participação na tentativa de censura.