Guimarães chama PDT de genocida após votação da PEC dos Precatórios

Logo após a PEC dos Precatórios passar na Câmara, o deputado José Guimarães qualificou o governo e quem votou com ele de genocida. O PDT foi um dos partidos.

04/11/2021 | Madson Vagner | Brasília

O deputado federal José Guimarães (PT-CE) fragilizou, ainda mais, a aliança entre PT e PDT. Após votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC-23), que adia o pagamento dos Precatórios para garantir, entre outros, o Auxílio Brasil, Guimarães se disse decepcionado com o PDT, que votou com o governo Bolsonaro.

A votação aconteceu, em primeiro turno, nessa quarta-feira, 03, teve 312 votos a favor e 144 contra. Apesar das críticas, Guimarães se ausentou da votação. Nas redes sociais o petista disse que “após um dia de tanto trabalho vê o PDT votando com o governo é uma decepção sem fim”.

Para Guimarães, “a Câmara vai dar ao presidente Jair Bolsonaro R$ 90 bilhões para gastar de forma secreta, enquanto deixa mais de 23 milhões de brasileiros passando fome”. Ele qualificou o governo e quem votou com ele de genocida. “Esse governo é um genocida e quem o apoia pior ainda,” disse.

Em outra postagem, Guimarães voltou a lamentar a adesão do PDT ao governo e criticou a posição do Sindicato Apeoc. “Lamentamos que o PDT tenha votado a favor, o pior que o pessoal da Apeoc do Ceará tenha feito acordo com Artur Lira,” disse.

A PEC dos Precatórios deve voltar à Câmara para votação em segundo turno para depois ir ao Senado. Se aprovada nas duas Casas, abrirá espaço para novas despesas do governo em R$ 90 bilhões no orçamento de 2022. Parte deste dinheiro deve ser usado para bancar o Auxílio Brasil, programa social do governo, e a outra deve ser usada para distribuição de emendas impositivas entre os parlamentares em ano de eleição.

Com a aprovação, o governo terá carta branca para dar calote em dívidas obrigatórias, aquelas que tiveram esgotados todos os recursos na Justiça. A proposta também altera a regra do teto de gastos, medida criada em 2017 para evitar o descontrole das contas públicas.

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