Juazeiro estuda adotar Ivermectina em protocolo de prevenção à Covid

A secretária de Saúde, Glauciane Torres, disse que, se for adotado, o protocolo beneficiaria, inicialmente, idosos e pessoas com comorbidades.

14/07/2020 | Madson Vagner | Cariri

A Prefeitura de Juazeiro do Norte estuda adotar a Ivermectina como protocolo de imunização contra o novo coronavírus (Covid-19). Arnon disse avaliar com a equipe da Secretaria de Saúde a eficácia do medicamento. Caso seja adotada, a medicação obedecerá um planejamento de distribuição.

O prefeito Arnon Bezerra (PTB) observa que o medicamento está sendo experimentado em várias cidades do Brasil e do Mundo com resultados positivos. Arnon avalia que os decretos de isolamento social mais rígido não estão surtindo o efeito desejado e que o município precisa fazer tentativas para barrar o avanço do vírus e, consequentemente, das mortes.

Apesar de ter iniciado as pesquisas e estudos sofre o medicamento, o prefeito garante que tudo será decidido em consonância com a equipe de saúde do Governo do Estado. Segundo Arnon, todas as decisões no município foram tomadas em alinhamento com o governo e, agora, não seria diferente.

A secretária de Saúde, Glauciane Torres, disse que, no momento, a Prefeitura e a Secretaria, continuam realizando as licitações para aquisição de todos os medicamentos usados no tratamento do Covid-19, incluindo a Ivermectina. A medicação é usada no tratamento da doença entre os doentes com baixa e média complexidade.

Especificamente sobre uma mudança no protocola da Ivermectica, Glauciane, disse que a possibilidade foi proposta pelo prefeito Arnon e que o grupo está dedicado ao estudo da viabilidade. Caso seja, adotado a distribuição seria feita de forma controlada, inicialmente, entre idosos e pessoas com comorbidades, pertencentes ao grupos de risco.

A repercussão em Crato e Barbalha

Apesar da medida estar sendo pensada de forma isolada, o tema ganha repercussão nos outros dois municípios do Crajubar. Barbalha, não descarta a adoção da medida, mas diz esbarrar nos valores e na disponibilização do medicamento no mercado, graças a alta demanda gerada recentemente. O valor do medicamento nas farmácias teve aumento, em média, de 300%.

O prefeito de Argemiro Sampaio (PSDB), disse não ter iniciado de forma oficial qualquer discussão sobre a adoção, mas garante que tem acompanhado as decisões que envolvem municípios que adotaram a medicação para distribuição em massa. O prefeito citou o caso de Itajair, em Santa Catarina, que recebeu um pedido de explicação por parte do Ministério Público, após a adoção da medicação.

Argemiro ressalta que a medicação está sendo usada nos hospitais, em doentes de baixa e média complexidade e que tem informação de que equipes médicas já estão tomando doses do medicamento a cada 15 dias, como forma de prevenção ao contágio, mesmo sem avaliação de eficácia.

No Crato, o prefeito Zé Ailton Brasil (PT), disse que não houve qualquer posição no sentido de avaliar o uso da medicação como medida preventiva. O prefeito ressaltou que esse tipo de decisão deve partir da sua equipe médica, mas que até agora, nada foi discutido neste sentido.

(Fonte: Jornal do Cariri)

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