Mais da metade dos servidores da Câmara de Juazeiro não trabalham

Motivo de tensões e especulações nos últimos anos, a folha de pagamento dos servidores efetivos da Câmara de Juazeiro do Norte, voltou a ser foco do Ministério Público do Estado (MPCE). O tema voltou a pauta depois que os promotores receberam prestações de contas da Câmara, entregues pelo ex-presidente Glêdson Bezerra (PMN). Segundo análise da […]

20/03/2019 | Madson Vagner | Cariri

Motivo de tensões e especulações nos últimos anos, a folha de pagamento dos servidores efetivos da Câmara de Juazeiro do Norte, voltou a ser foco do Ministério Público do Estado (MPCE). O tema voltou a pauta depois que os promotores receberam prestações de contas da Câmara, entregues pelo ex-presidente Glêdson Bezerra (PMN).

Segundo análise da folha de pagamento os 10 maiores salários superam os vencimentos de vereadores, secretários e, em um dos casos, a remuneração é maior que a dos chefes dos Poderes Executivo e Legislativo. Somente com esses 10 servidores, a despesa é superior a R$ 164 mil.

Entre os supersalários, servidores com funções como auxiliar de serviços gerais e auxiliar administrativo, com mais de R$ 13 mil cada; telefonista com R$ 14 mil; assistente administrativo com R$ 15 mil; digitador com R$ 20 mil; revisor com R$ 21 mil; e dentista com R$ 25 mil.

Os salários são amparados na lei 4.434 de fevereiro de 2015, que instituiu o Plano de Cargos, Carreira e Salários, beneficiando, ao todo, 57 servidores efetivos. Do total, o presidente da Câmara, vereador Darlan Lobo (MDB), disse que na Câmara trabalham cerca de 15 servidores. Na lista dos que trabalham Darlan relaciona outros cinco servidores cedidos.

Sobre o restante dos servidores, Darlan ressaltou que eles não são funcionários fantasmas, mas garantiu que eles não dão expediente e, mesmo assim, recebem seus vencimentos. São mais 37 servidores que não comparecem a Casa Legislativa.

Sobre o assunto, o ex-presidente Glêdson Bezerra garantiu que na sua gestão eles não existiram fantasmas. “Chamei todos que estavam cedidos ou em situação de licença remunerada para que refizessem os pedidos para serem reanalisados,” disse.

Outro possível motivo de investigação é a presença entre os servidores efetivos de pessoas ligadas a vereadores e ex-presidentes da Casa. Esses teriam sido aprovados em concursos, justamente, quando parentes chefiavam o Poder Legislativo.

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