
A eleição suplementar em Barro ainda reserva muitas surpresas antes da votação do dia 5 de dezembro; pelo menos, essa é a expectativa do eleitorado local. Apesar de considerado como carta fora do baralho, o prefeito cassado Marquinélio Tavares, aposta que ainda reverte a situação. Ele espera por um resultado favorável ao seu recurso que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Se Marquinélio estiver certo, a decisão pode suspender a eleição e o coloca de voltar no poder. Sem acreditar, a pouca base que restou ao lado da prefeita interina, Vanda Pereira, pressiona Marquinélio para se engajar na campanha, o que, segundo pessoas próximas, não vai acontecer.
Marquinélio não tem em Vanda uma pessoa de confiança e teria aceitado a chapa por acreditar que vai ganhar no TSE e barrar todo o processo. Caso não dê certo, a aposta de Marquinélio deve encerrar sua carreira política.
Medo da traição
A ausência de Marquinélio na campanha de Barro tem uma motivação: ele não queria a indicação da prefeita interina Vanda Pereira. A presença de Vanda teria sido uma imposição dela própria e, por isso, estaria com dificuldades de reunir apoios. O nome de confiança de Marquinélio é o atual candidato a vice-prefeito, o vereador Koringa.
Mais votado na eleição de 2020, muitos avaliam que Koringa seria o melhor nome para a cabeça da chapa. A desconfiança de Marquinélio com Vanda vem sua ligação com os irmãos e ex-prefeitos Joaquim e Janildo Alves. Apesar da desconfiança da base e a possibilidade de reversão da situação de Marquinélio, a prefeita interina aposta tudo na queda de George Feitosa, do MDB, seu principal adversário.
George teve suas contas de campanha desaprovadas pelo TRE, o que podo comprometer sua permanência na disputa ou no poder, em caso de vitória. Há quem discorde juridicamente.