O presidente Michel Temer (MDB) tem motivos de sobra para perder o sono. A Polícia Federal (PF) indiciou, nessa terça-feira, 16, ele e mais 10 pessoas no inquérito dos portos. O processo foi encaminhado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para a Procuradoria Geral da República (PGR), que tem 15 dias para se pronunciar.
O inquérito aponta prática de crimes como corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Essa última dividida em político, administrativo, empresarial e operacional. O relatório aponta que Temer usou empresas do coronel reformado da PM, João Baptista Lima, amigo pessoal, para receber propina da empresa Rodrimar.
A PF aponta ainda pagamentos feitos pelo grupo Libra. As empresas são concessionárias de áreas do porto de Santos, reduto de influência política de Temer. A investigação tem como base um decreto assinado por Temer em 2007 que prorrogou e beneficiou empresas portuárias estendendo prazos de concessão de áreas públicas.
Entre os indiciados está a filha de Temer, Maristela de Toledo, e mais Michel Miguel Elias Temer Lulia, Rodrigo Santos da Rocha Loures, Antônio Celso Grecco, Ricardo Conrado Mesquita, Gonçalo Borges Torrealba, João Baptista Lima Filho, Maria Rita Fratezi, Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho e Almir Martins Ferreira.