
O presidente da Câmara do Crato, Matheus Leite (PDT), anunciou, nesta segunda-feira (11), um movimento pela municipalização da Exposição Centro Nordestina de Animais e Pro dutos Derivados (Expocrato). Segundo Matheus, há distorções na relação entre o município e o Governo do Estado, gestor legal da festa. A afirmação aconteceu, após a sessão que marcou o retorno do recesso, e Matheus disse que é preciso discutir a Expocrato com mais profundidade.
Segundo o presidente, onde chega, pelo Brasil, ouve avaliações da festa pelo seu tamanho e importância, mas que ainda tem muitos problemas de gestão. Matheus defendeu uma maior participação do município nas decisões da festa, como tentativa de melhorar, a partir do sentimento crítico local, e para encaminhar resoluções para que a festa cresça ainda mais. Ele falou de problemas como valores praticados no interior do Parque Pedro Felício Cavalcanti, junto aos barraqueiros.
Nos arredores do Parque, Matheus citou os flane linhas. “É inadmissível que se pague R$ 50 para estacionar em via pública”, disse, destacando propostas como a criação de uma zona azul rotativo especial para evento. E questionou quem autoriza e organiza o estacionamento em área pública. “Quem autoriza é quem ganha com isso? O que sabemos é que 90% dos flanelinhas é de fora”, revela.
Matheus relacionou, ainda, gastos divididos entre Prefeitura e Estado, como reforma e manutenção do Parque, que ficam a cargo da Prefeitura, ficando para o Governo do Estado apenas o pagamento de energia. E argumentou que apesar dos custos, o Município não participa das decisões da festa. “Quando chega a hora de decidir quem vai fazer a festa (shows) e a gestão do Parque, somos excluídos”, disse.
O presidente lembrou que 90% da área do parque é do município, garantindo de fato a gestão do equipamento. Com o retorno das sessões, uma audiência pública está sendo pensada para discutir os problemas, com a participação do prefeito André Barreto (PT).