
Depois de uma reunião da cúpula na quinta-feira, 13, o PDT do Ceará formalizou apoio ao governo de Elmano de Freitas (PT). O principal defensor da posição foi o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, hoje presidente de honra do partido. Participaram da discussão os deputados federais André Figueiredo, presidente nacional do partido, e Mauro Filho.
No mesmo dia, os dirigentes pedetistas estiveram no Palácio da Abolição para reunião com o governador Elmano. Na agenda oficial, Lupi e Elmano assinaram Acordo de Cooperação Técnica (ACT), entre o INSS e o Governo do Ceará. Durante o encontro André, Lupi e Elmano discutiram as bases para o retorno da aliança e a participação do PDT no governo.
“Fomos recebidos no Palácio da Abolição, pelo governador Elmano de Freitas, para uma conversa sobre o fortalecimento do acordo de cooperação técnica (ACT), entre o INSS e o Governo do Ceará (…) e para iniciar um diálogo de parceria entre o PDT e o Governo do Estado”, disse André.
A adesão à base governista, deve aumentar a crise interna no PDT. A ala mais próxima ao ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e o ex-governador Ciro Gomes, é contra o acordo. Ciro tem se mantido em silêncio, mas Roberto Cláudio continua se articulando com o grupo de oposição ao governo petista.
Para estancar a crise, Lupi disse que não descarta candidaturas próprias do partido ao Governo e ao Senado. Os nomes mais prováveis para fazer o enfrentamento seriam Ciro e Roberto Cláudio. A expectativa é que Roberto Cláudio e Ciro deixem o partido, caso seja confirmado o apoio à reeleição de Elmano.