
A população de Lavras da Mangabeira foi pega de surpresa com a “Operação Lavatio”, do Ministério Público do Estado, com apoio da Polícia Civil, na sexta-feira, 25. A surpresa é justificada na distância do prefeito Ronaldo da Madeireira (PSD) de escândalos, em quase cinco anos de mandato. Mas, a fama de bom moço caiu quando policiais e promotores cumpriram 12 mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Lavras, além de endereços de empresários em Fortaleza, Juazeiro do Norte e Icó.
A ação da Procuradoria de Justiça dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), investiga suspeita de superfaturamento, inexecução contratual e uso de empresa “laranja”. Entre os crimes: peculato, falsidade ideológica e associação criminosa. E grave, com possível participação de autoridade com foro por prerrogativa de função.
Tudo no contrato da limpeza pública, que custa R$ 6,4 milhões ao ano. Um exagero para a Justiça e para a oposição, hoje diminuta, que avalia que a casa caiu para Ronaldo. Mesmo com a crise, a Câmara deve se manter em silêncio. É aliada política do prefeito.