Os gestores dos municípios do Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha, garantiram que não haverá falta de vacinas para a aplicação da segunda dose dos imunizantes contra a covid-19. A dúvida surgiu depois que, pelo menos, cinco capitais anunciaram a suspensão da aplicação da primeira dose por falta de vacina.
A suspensão aconteceu em Salvador (BA), Curitiba (PR), João Pessoa (PB), Natal (RN) e Rio Branco (AC), no dia 14 de abril; um dia após o anúncio da coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Francieli Fantinato, de que 1,5 milhão de brasileiros deixaram de tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19, por falta do imunizante.
Sobre a possível crise atingir os municípios do Crajubar, os prefeitos do Crato, Zé Ailton Brasil (PT); de Barbalha, Guilherme Saraiva (PDT); e a secretária de Saúde de Juazeiro do Norte, Francimones Rolim, garantiram que a vacinação da segunda dose está em dia e sem risco de faltar.
Zé Ailton observou que o governo do estado, quando envia as primeiras doses da vacina para os municípios, retém a segunda dose para ser distribuída em tempo hábil. O prefeito disse que no Crato as doses têm sido aplicadas dentro dos prazos estabelecidos pelos laboratórios responsáveis.
“O estado tem enviado as doses rigorosamente em dia e o município tem seguido o cronograma estabelecido. Só no último Drive Thurs, na sexta-feira, aplicamos 1.600 doses. Então o estado do Ceará tem tido todo esse cuidado de enviar para os municípios somente o que será aplicado,” disse Zé Ailton.
Guilherme Saraiva disse que não há falta de vacina para a segunda dose em Barbalha e que a falta do imunizante pode acontecer nos municípios que não estão cumprindo a meta de vacinação, o que, não é o caso de Barbalha. “Hoje temos uma taxa de aplicação superior a 90% das vacinas que chegaram,” disse.
A secretária Francimones disse que o estoque para a segunda dose está garantido. Segundo ela, as doses estão chegando normalmente, entre as quartas e quintas-feiras, sem falhas. “Temos agendados dois Drive Thurs de segunda dose para a segunda-feira e a sexta-feira, desta semana,” disse.
No Brasil, até o momento, duas vacinas estão sendo aplicadas: a AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, e a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac com o Butantan. Para a AstraZeneca, a maior eficácia é alcançada com um intervalo de três meses entre as doses. Para a CoronaVac, o melhor resultado de imunização é alcançado com um intervalo de 21 a 28 dias entre as doses.
