Suplente de Farias Brito acusado de aliciar testemunha do processo sobre cota de gênero

O suplente de vereador Júnior da Betânia aparece supostamente tentando convencer uma suplente de vereador do PT a dizer que recebeu dinheiro para ser candidata.

20/07/2021 | Madson Vagner | Cariri

Os casos de candidaturas femininas fantasmas continuam repercutindo na política do Cariri. Desta vez, a crise atinge a disputa pela Câmara de Farias Brito. Em um áudio, o suplente de vereador Júnior da Betânia, autor de Ação Eleitoral questionando a cotas de gênero do PT e PDT, aparece supostamente tentando convencer uma suplente de vereador do PT a dizer que recebeu dinheiro para ser candidata nas eleições de 2020.

No áudio, Júnior da Betânia não identifica a quem se dirige, mas a conversa estaria sendo atribuída a suplente Cleide Ferreira (PT). Ela teve apenas cinco votos, o que tem chamado a atenção da Justiça Eleitoral no Ceará. Júnior da Betânia fala em ajudar financeiramente Cleide, caso ela confirme, em depoimento, que recebeu dinheiro para ser candidata. A ajuda viria dele e do suplente Sauviano de Cariutaba. A crise se instalou nas redes sociais.

Com jurisprudência

Apesar do áudio repercutir contrário aos suplentes Júnior da Betânia e Sauviano, a ação mantém a dor de cabeça para as bancadas do PT e PDT, juntas, maioria da Câmara de Farias Brito. Apesar de ter apenas cinco votos, Cleide ainda ficou à frente de outras candidatas do PDT, como Odelice (quatro votos) e Valdenusia (três votos), além das petistas Risalva (quatro votos) e Michele (um voto).

A confirmação da ação pela Justiça Eleitoral poderia deixar os partidos sem representação na Casa. A nova configuração teria apenas vereadores do PCdoB, deixando o prefeito Deda Pereira sem qualquer base e a Câmara com apenas um partido. Os outros partidos na disputa, Pros e Avante, não conseguiriam fazer seus vereadores, mesmo anulando os votos de PT e PDT. Sobre a anulação, já existe jurisprudência com decisões recentes em Mauriti e Potengi.

Relacionadas:

Topo