TRE rejeita pedido de cassação do prefeito de Juazeiro

A Corte considerou improcedente a tese de abuso de poder político e econômico em período eleitoral de 2024. Foram sete votos a zero.

27/06/2025 | Madson Vagner | Cariri

O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) rejeitou, nesta sexta-feira, 27, a Ação de Investigação Eleitoral (AIJE) que pedia a cassação do prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), e do vice-prefeito Tarso Magno (PP). A Corte considerou improcedente a tese de abuso de poder político e econômico no período eleitoral de 2024. Foram sete votos a zero.

O processo, movido pela coligação comandada por PT/PCdoB e PV, do candidato Fernando Santana (PT), aponta atos praticados pelo prefeito, como a concessão de vantagens a servidores em período eleitoral e a implantação de Plano de Cargos e Carreiras para quase 400 professores da rede municipal, como fator favorecimento e decisivo na eleição.

O relator, desembargador Francisco Érico Carvalho, argumentou que as gratificações foram concedidas em conformidade com a legislação municipal. “Assim, não há que se falar em revisão geral na remuneração dos servidores, tão pouco desvio de finalidade na concessão das gratificações”, pontuou, sendo acompanhado pelos membros do pleno.

Nas redes sociais, Glêdson agradeceu aos apoiadores e à sua defesa no caso. Avaliou que “foi feita Justiça” e destacou que na eleição, ele e aliados foram perseguidos. O gestor mandou ainda um recado aos adversários políticos e cobrou apoio. “Aprendam a perder e respeitar a democracia. Vencemos porque o povo de Juazeiro do Norte nos deu uma esmagadora maioria de mais de 12 mil votos depois de uma eleição de ‘Davi contra Golias’. Foi o mundo todo reunido para tentar derrubar a gente”.

Em um vídeo, Glêdson finalizou: “mais elegante da parte de vocês, mais do que tentar vencer no tapetão, seria ajudar a gente a governar, para mais tarde a população reconhecer em vocês o trabalho e dizer que merecem um dia assumir o destino de nossa cidade”.

A ação já tinha sido rejeitada na primeira instância, mas a coligação ingressou com recurso no TRE-CE. Não há confirmação de que recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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