A fara das direções provisórias dos partidos no Brasil estão com os dias contados; pelo menos, é o que determinou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os ministros do TSE querem que até junho deste ano, os diretórios sejam eleitos. Mas, força e poder de contestação não interessam, aos chamados caciques partidários, e a briga promete.
No Cariri a prática é uma constante e leva lideranças a barganharem direções para usarem como moeda de troca antes e durante as eleições. Candidatos a prefeito e prefeitos no exercício do cargo já mobilizam suas bases para apresentarem o maior número possível de partidos como motivação de fortalecimento de seus nomes na disputa.
Nesse processo, nada de discussão política e programática. Se a prática continuará no Cariri, só a justiça eleitoral dirá. Até agora os dirigentes provisórios não levaram a sério a determinação.
Exemplo de cima
Para quem acha que o problema dos partidos com direções provisórias está apenas nas instâncias municipais, se enganou. No Ceará, um terço dos diretórios estaduais é formado por uma comissão provisória. E pior, essas direções acabam determinando as comissões provisórias nos municípios, se configurando numa rede de despolitização e negociações pouco republicanas. Dos 35 partidos registrados no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE), 21 possuem comando definitivo, enquanto 12 estão em situação de fragilidade com chefia provisória.