Com poucas alterações e uma certa folga, o texto da reforma da Previdência proposto pelo governo Bolsonaro passou na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Após 9 horas de debates e intensas discussões, nessa terça-feira, 13, a proposta foi aprovada com 48 votos favoráveis e 18 contra.
O resultado é uma vitória para o governo que teve muitas dificuldades para construir a maioria. O debate com base no relatório do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), apresentado com parecer favorável à proposta, foi muito questionado pela oposição. Terminada a votação, houve denúncia de compra de votos. A deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, disse que os votos custaram R$ 20 milhões em emendas para cada parlamentar.
A proposta ficou na CCJ por 62 dias e a expectativa é que nesta quinta-feira, 25, seja instalada a Comissão Especial, próxima fase do processo de tramitação e no qual será analisado o mérito da proposta. Para virar lei, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) precisa ser aprovada por dois terços da Câmara, ou 308 dos 513 deputados.
A PEC deve, ainda, ser aprovada em dois turnos e depois seguir para o Senado, onde passará pelo mesmo processo de duas votações e aprovação por dois terços da Casa.