O caso da transferência do ex-presidente Lula para São Paulo, foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela defesa, depois que o juiz Paulo Eduardo de Almeida decidiu que o ex-presidente cumpriria sua pena em Tremembé. A decisão foi tomada horas depois da juíza federal do Paraná, Carolina Lebbos, emitir ordem de transferência de Lula de Curitiba para o presídio paulista.
Foi um típico caso de pressão parlamentar. Deputados federais e senadores da esquerda e do centrão paralisaram a votação da reforma da Previdência e foram ao STF protestar contra a transferência. O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, decidiu em caráter de urgência submeter o recurso ao plenário no meio da sessão dessa quarta-feira, 7.
Em menos de meia hora, por 10 votos a 1, os ministros decidiram manter o ex-presidente em Curitiba. O único voto contrário foi do ministro Marco Aurélio Mello. Os ministros decidiram esperar que a Segunda Turma do STF conclua o julgamento de um pedido de suspeição do ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ele é acusado de parcialidade no julgamento do triplex de Guarujá, no qual Lula foi condenado.