Uma série de prestações de contas contendo, entre outros, folhas de pagamentos, entregues pelo ex-presidente da Câmara de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (PMN), ao Ministério Público do Estado (MP), pode revelar a existência de servidores que recebem altos salários sem trabalhar.
A denúncia foi levantada pela coluna Rebate, do Jornal do Cariri, nessa terça-feira, 12. Segundo as informações, ao entregar a documentação aos promotores, Gledson acabou abrindo uma verdadeira caixa preta existente na Casa. Ao receberem os documentos, os promotores estranharam a quantidade de servidores e os latos valores praticados.
O ex-presidente, explica que os servidores foram admitidos em concursos públicos e grande parte deles está cedido a outros poderes como a Prefeitura de Juazeiro e, até a Assembleia Legislativa do Estado. Há casos ainda de servidores que estão lotados na Câmara, mas que não aparecem para trabalhar. Os salários chegam a R$ 27 mil.
Outra questão levantada pela coluna é a possibilidade de fraude nos concursos. Grande parte dos aprovados nos pleitos tinham ligação parental com vereadores, inclusive, com presidentes da Casa à época. Fala-se em aprovados que, sequer, compareceram para fazer as provas, além de outros que notadamente não semianalfabetos.
O caso deve ser investigado pelo MP de Juazeiro e se comprovadas as denúncias, os envolvidos podem ser exonerados sem justa causa, devolver todo o recursos recebido até hoje, além de responderem a crime a ação de falsidade ideológica e crime contra o patrimônio público.
