O governo Jair Bolsonaro (PSL) parace estar fadado às polêmicas e às crises. A lua de mel entre o Governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi mais curto que o imaginado. Ainda na quarta-feira, 7, logo após a votação da reforma da Previdência na Câmara, ministros de peso do governo como Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) elogiaram o trabalho de Maia. Na quinta-feira, 8, o próprio Bolsonaro, elogiou Maia e agradeceu pela aprovação da reforma.
Mas, o troco foi bem indigesto e caiu como uma bomba no governo. Em evento na Fundação Lemann, em São Paulo, Rodrigo Maia criticou Bolsonaro qualificando sua eleição como “produto de nossos erros”. E foi mais fundo ao dizer que “a pergunta é onde nós erramos?”. Para ele, Bolsonaro é um produto sem partido, que se aproveitou dos movimentos de rua de 2013 e da disputa de valores que se seguiu.
Tudo isso numa mesa composta pelo Secretaria Especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar. Na mesma mesa, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). A motivação para a reação de Maia, ainda não é conhecida, mas nos corredores da Câmara há uma certeza: Maia não faria uma avaliação dessas sem motivo.