Ainda sem definir um novo destino partidário, o grupo de 14 deputados estaduais e suplentes, além quatro federais, ligados ao senador Cid Gomes, protocolaram na quinta-feira, 14, ação de desfiliação do PDT por “justa causa”. O grupo alega “grave discriminação política pessoal e mudança substancial do programa partidário”. A ação é baseada em carta de anuência.
A ação afirma que os parlamentares enfrentam no PDT uma situação de “guerra política dentro do próprio partido”, tendo como o “epicentro do embate” o presidente interino do Diretório Nacional, deputado federal André Figueiredo. O presidente é acusado promover o “fim da convivência pacífica e harmoniosa anteriormente no partido”.
A ação cita ainda que “os autores desta ação foram alvos de uma perseguição implacável, orquestrada pelo Sr. André Figueiredo e seus aliados, que abandonaram qualquer pretensão de aderência aos princípios programáticos do partido.”
Em resposta a ação, André Figueiredo disse que levará o caso à Justiça para manter os mandatos no partido, caso os parlamentares saiam. “Em sendo necessário, iremos até o Tribunal Superior Eleitoral,” confirmou.
Recentemente, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, pediu para sair do PDT, sem perder o mandato, e foi autorizado pela Justiça. Evandro anunciou filiação para este domingo, 17, ao PT de Fortaleza.
Deputados estaduais e suplentes que pediram desfiliação: Antônio Granja, Bruno Pedrosa, Guilheme Landim, Guilherme Bismarck, Helaine Coelho, Jeová Mota, Lia Gomes, Marcos Sobreira, Oriel Filho, Osmar Baquit, Romeu Aldigueri, Salmito Filho, Sergio Aguiar e Tin Gomes.
