Um bate-boca entre o vereador Erasmo Morais e militantes da causa animal, durante uma discussão sobre a realização da Vaquejada do Crato, acabou em registro de Boletins de Ocorrência (B.O) na Delegacia de Polícia Civil, nesta segunda-feira, 06.
A vereadora Mariangela Bandeira, além de registrar o BO, fez exame de corpo de delito, segundo ela, após ter sofrido violência física de Erasmo. O vereador, também foi a Delegacia alegando ter dado voz de prisão a ativista, nominada apenas como Cireuda, por ofensas e desacato.
A confusão aconteceu quando Erasmo reagiu as provocações de ativistas presentes ao Plenário da Câmara para protestar contra a Vaquejada. Erasmo disse que a voz de prisão veio após ser ofendido com palavras de “baixo calão”. “Aqui é a Casa do Povo, mas não podemos aceitas as pessoas chegar aqui e denegrir os vereadores,” disse.
Imagens que circula nas redes sociais, mostram Erasmo partindo em busca da ativista e sendo contido por populares e pela vereadora Mariangela. Para Erasmo, Mariangela foi defender a ativista e garantir sua fuga. Neste momento, Mariangela disse ter sido agredida.
O segundo vice-presidente da Casa, vereador Alex Saraiva, lamentou a situação e pediu desculpas aos presentes. Ele criticou as militantes que teriam denegrido os vereadores, ressaltando que existem meios legais para contestar leis, como a que rege as vaguejadas. A Mesa Diretora da Câmara promete tomar providências jurídicas sobre a situação.
REPERCUSSÃO – O caso ganhou repercussão nos tele jornais estaduais e é destaque nas redes sociais. O prefeito Zé Ailton Brasil lamentou o que avaliou como “cenas de truculência”. O prefeito escreveu: “não é admissível que uma Vereadora no pleno Exercício do seu mandato e de forma pacificadora, ao tentar cessar uma ação violenta contra outra mulher, tenha sido agredida”.
O PCdoB cratense, publicou nota de solidariedade a vereadora. O partido qualificou o ocorrido como “violência politica de gênero”. A nota diz ainda que a vereadora foi vitima de “truculência psicológica e física”.