Guimarães quer retomar obras da Transnordestina; Cariri será beneficiado

Guimarães debateu a situação das obras e as propostas do governo para a retomada. A conclusão impacta diretamente na economia do Cariri.

02/03/2023 | Madson Vagner | Ceará

Paralisada há 5 anos, as obras da ferrovia Transnordestina devem ser retomadas em breve, no trecho entre os estados do Piauí e Ceará. A informação é do deputado federal, José Guimarães (PT), líder do governo Lula, em reunião nessa quarta-feira, 1º, em Brasília.

Ao lado dos governadores do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e do Piauí, Rafael Fonteles (PT), Guimarães debateu a situação das obras da Transnordestina e as propostas do governo federal para a retomada. A conclusão da obra impacta diretamente na economia da região do Cariri, que deve ganhar um Porto Seco na cidade de Missão Velha.

Guimarães destacou que a obra está bem estruturada, mas salientou que é preciso ampliar os recursos financeiros para que, no curto e médio prazo, o projeto seja concluído no trecho do Piauí até o Porto do Pecém. O parlamentar destacou que esse é um ponto de centralidade nas discussões em torno dessas obras.

O debate no auditório da Câmara dos Deputados, também, contou com a presença de lideranças políticas, com os deputados federais Eunício Oliveira (MDB), Moses Rodrigues (União), Mauro Filho (PDT), Idilvan Alencar (PDT), Fernanda Pessoa (União), além da senadora Augusta Brito (PT).

Polêmica

No início de fevereiro, Guimarães apresentou o plano aos governadores Elmano de Freitas (Ceará), Raquel Lyra (Pernambuco), Rafael Fonteles (Piauí), em reunião com o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes. No encontro, Góes buscou mobilizar os três governadores para pleitear um novo aporte da União para a concessionária Transnordestina Logística (TLSA), responsável pela obra.

As tratativas não agradaram a Raquel Lyra (PSDB), que pleiteia uma solução para o outro braço da ferrovia, previsto para desembocar no Porto de Suape, no Pernambuco. No fim de dezembro, últimos dias da gestão Bolsonaro, a TLSA assinou um termo aditivo com o governo federal formalizando a desistência da construção do trecho pernambucano.

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